“Flamboyant” não é só um EP — é um ato de fotossíntese sonora.
Jonas, O Macroplata, artista que caminha entre a crueza da rua e o pensamento poético decolonial, entrega aqui uma obra que respira em tempos sufocados. Inspirado pela árvore Flamboiã — espécie originária de longe, mas adotada com afeto em solo brasileiro — o projeto ecoa o espírito do manguebeat, mas com ramificações próprias: um som que purifica, que oxigena, que transforma.
Se o manguebeat foi antena parabólica fincada na lama, Flamboyant é a copa que cresce desse mesmo tronco. As raízes continuam fincadas na terra molhada da história, mas os galhos se esticam em busca de ar, criando sombra, abrigo e música híbrida como o Brasil.
As faixas transitam entre ritmos orgânicos, batidas descalças e letras que pensam com o coração. Jonas dialoga com Chico Science, com os saberes populares, com o tempo presente e seus ruídos urbanos. A estética é de resistência, mas também de leveza — como quem sabe que o ato de respirar, em tempos como os nossos, já é político.
O primeiro single, Bota pra Torar, não chega gritando: chega expandindo. Minha favorita por enquanto é Gangstar, mas já foi Bicudo, Bota pra torar…. Flamboyant também é um álbum de descobertas e sensações.
Escute agora e deixe o som respirar com você.
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